




Boletim do Sindcomércio - JULHO de 2016


Sumário Econômico 1450 / CNC
Comércio aos domingos
- A liberdade para o exercício da atividade comercial, incluindo o trabalho aos domingos e feriados, é conquista a ser preservada, e ela decorre da evolução natural das sociedades: empresas, cidadãos, trabalhadores, enfim, é causa e consequência do avanço e da modernidade social. Há leis apropriadas que preservam as competências dos entes federativos municipais e asseguram a preservação integral dos direitos dos trabalhadores, além de assegurar-lhes ganhos adicionais expressivos. A crescente urbanização e os problemas dela decorrentes, como segurança, locomoção, estacionamento e transporte, aceleraram a consolidação dos “shopping centers” no Brasil. Em três décadas, saímos de uma dezena para mais de cinco centenas de empreendimentos dessa natureza em operação em todo o País. O ambiente de compra requintou-se, agregou serviços diversos e atraiu às compras coletivas, sobretudo em fins de semana, famílias e consumidores de todas as faixas etárias e de renda. Nada mais convincente do que a realidade, e os shopping centers apresentam números que impressionam pela magnitude: quase 100.000 lojas, um milhão de empregos diretos, mais de 400 mil visitas todos os meses, enfim, o que era novidade há trinta anos, hoje é indiscutível realidade, que responde por quase um quinto do comércio varejista e mais de R$ 24 bilhões de impostos arrecadados em 2015. Pesquisas profissionais apontam que mais de 73% dos brasileiros compram aos domingos, evento que se tornou hábito das famílias, em busca de compras com segurança, associadas às praças de alimentação, estacionamento, lazer, diversão e arte.
Mercado espera manutenção da Selic em 14,25%
- No último relatório Focus divulgado pelo Banco Central (10/06), a mediana das expectativas para o IPCA aumentou para 7,19%, após chegar a 7,0% há quatro semanas passadas, e é o quarto aumento consecutivo nesta estimativa. Continua acima do limite superior da meta de inflação, entretanto abaixo da taxa de 10,67% realizada em 2015. Contudo, a projeção para 2017 continuou estável, permanecendo em 5,50%. No curto prazo, as projeções dos analistas são de 0,33% para junho e 0,28% para julho. As cinco instituições que mais acertam – TOP 5 – projetaram IPCA de 0,35% para junho e 0,30% para julho, valores acima, entretanto próximos do esperado pelo mercado. Após a quarta reunião do Copom deste ano, a meta da taxa de juros Selic permaneceu em 14,25%. A próxima reunião será nos dias 19 e 20 de julho, e se espera manutenção deste indicador. Para o resto do ano, a mediana das estimativas da Selic para o fim de 2016 foi de 13,0%, esperando novos cortes na taxa durante o segundo semestre deste ano. Já para 2017, a previsão é que a meta da Selic continue sendo reduzida e alcance 11,25%, menor do que a taxa esperada há quatro semanas (11,50%). A estimativa para o crescimento do PIB de 2016 alcançou -3,60%, após o resultado de 2015 mostrar uma retração de 3,80%, de acordo com dados do IBGE. Apesar da previsão para este ano ser ligeiramente melhor do que o realizado no ano passado, ela demonstra uma piora em relação ao crescimento de 0,1% realizado em 2014. Entretanto, para 2017 já se espera um resultado positivo, com avanço de 1,0% na economia. É a terceira semana seguida que esta estimativa tem uma melhora; o dado anterior previa um crescimento de 0,85%.